Saúde mental do trabalhador

O preço pago por empresas que ignoraram a saúde mental dos trabalhadores

A negligência com a saúde mental no ambiente de trabalho tem levado diversas empresas a enfrentarem sérias consequências legais, financeiras e reputacionais.

Com a crescente conscientização sobre riscos psicossociais, processos trabalhistas relacionados a assédio moral, condições de trabalho abusivas e ações trabalhistas por saúde mental tornaram-se cada vez mais frequentes.

No Brasil, a legislação trabalhista avança para garantir um ambiente mais seguro para os trabalhadores, com a implementação de normas como a NR-1 atualizada, que exige que as empresas avaliem e mitiguem riscos psicossociais. No entanto, muitas organizações ainda falham nesse aspecto, enfrentando severas punições.

A seguir, apresentamos casos reais de empresas que ignoraram a saúde mental dos colaboradores e pagaram caro por isso.


Caso 1: Banco Santander e a cobrança excessiva de metas

Em abril de 2024, o Banco Santander foi condenado pela Justiça do Trabalho ao pagamento de R$ 1,5 milhão em indenização por danos morais coletivos.

A condenação decorreu da prática de submeter trabalhadores à pressão psicológica extrema por metas abusivas, sem oferecer suporte para a saúde mental dos colaboradores. O resultado foi um alto índice de adoecimento mental e afastamentos.

Lição aprendida: O cumprimento de metas deve ser equilibrado e acompanhado de suporte emocional aos funcionários.


Caso 2: Caixa Econômica Federal e o assédio na liderança

Em novembro de 2024, a Caixa Econômica Federal demitiu um de seus ex-vice-presidentes após denúncias de assédio moral e sexual no ambiente de trabalho. A investigação revelou um ambiente hostil e tóxico, onde funcionários eram expostos a práticas abusivas sem suporte institucional.

Lição aprendida: Canais de denúncia devem ser efetivos e contar com investigações rigorosas para evitar crises institucionais.


Caso 3: Ambev e o assédio moral estrutural

A Ambev foi condenada a pagar R$ 50 mil a um funcionário que sofreu assédio moral por sete anos. Relatos indicaram xingamentos e humilhações diárias, justificadas como cobrança de metas. O Tribunal Superior do Trabalho classificou o caso como assédio moral estrutural, gerando desgaste mental irreparável ao trabalhador.

Lição aprendida: O assédio moral precisa ser combatido na cultura da empresa, não apenas em casos isolados.


Caso 4: Prevent Senior e a negligência no meio ambiente de trabalho

A Prevent Senior foi processada por assédio moral e irregularidades trabalhistas, sendo acionada para pagar R$ 940 milhões em indenizações. A acusação incluiu exposição dos trabalhadores a situações abusivas, interferências na autonomia médica e práticas que prejudicavam diretamente a saúde mental dos funcionários.

Lição aprendida: Empresas que negligenciam a saúde mental não apenas enfrentam processos, mas comprometem sua reputação e sustentabilidade.


A relação com as normas brasileiras de segurança no trabalho

A NR-1 e a NR-5 estabelecem regras para a gestão de riscos psicossociais e a criação de ambientes de trabalho mais saudáveis. Com a entrada em vigor da NR-1 atualizada em maio de 2025, as empresas são obrigadas a:

  • Avaliar riscos psicossociais, como assédio moral, sobrecarga e clima organizacional hostil.
  • Implementar programas de gerenciamento de riscos ocupacionais.
  • Criar canais efetivos de denúncia e acompanhamento de casos.
  • Capacitar líderes para a gestão humanizada de equipes.

Empresas que ignoram essas diretrizes estarão sujeitas a multas, interdições e ações trabalhistas, como os exemplos citados acima demonstram.


Como a Sandora pode ajudar sua empresa

A Sandora oferece soluções completas para empresas que desejam estar em conformidade com a NR-1 e prevenir riscos psicossociais. Nossos serviços incluem:

  • Diagnóstico organizacional para identificação de riscos e pontos críticos.
  • Treinamentos para gestores e equipes sobre assédio, saúde mental e compliance trabalhista.
  • Canais de escuta e denúncia confidenciais, garantindo proteção e anonimato.
  • Monitoramento contínuo para assegurar um ambiente de trabalho saudável e produtivo.

Conclusão

Os casos citados deixam claro que ignorar a saúde mental no ambiente de trabalho pode resultar em graves prejuízos financeiros, crises institucionais e danos à reputação corporativa.

Com a nova NR-1, empresas precisam adotar medidas proativas para proteger seus colaboradores e evitar ações trabalhistas e multas por negligência. A adequação não é apenas uma exigência legal, mas uma estratégia para retenção de talentos e sustentabilidade organizacional.

Se sua empresa ainda não implementou políticas eficazes para prevenção de riscos psicossociais, agora é o momento de agir.

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