Como lideranças tóxicas afetam a saúde mental e o compliance da empresa
A cultura organizacional começa — e se espalha — pela liderança. Quando essa liderança é tóxica, os danos vão muito além da queda na produtividade: impactam diretamente a saúde mental dos colaboradores, aumentam os riscos psicossociais e colocam em xeque o compliance da empresa.
O papel da liderança na prevenção de riscos psicossociais
Com a atualização da NR-1, que obriga empresas a identificarem e mitigarem riscos psicossociais, as condutas inadequadas de líderes passaram a ser também uma questão legal, e não apenas de clima organizacional.
O que caracteriza uma liderança tóxica?
Uma liderança tóxica não se resume a gritos ou humilhações públicas (apesar de essas condutas ainda existirem). Muitas vezes, os comportamentos tóxicos são silenciosos, mas profundamente nocivos:
- Microgerenciamento constante e falta de confiança na equipe
- Desvalorização ou apropriação de ideias dos subordinados
- Ausência de escuta ativa e empatia
- Práticas de favoritismo ou exclusão
- Indução ao medo ou à insegurança
Essas atitudes corroem a confiança interna, desmotivam e adoecem os times.
Os efeitos da liderança tóxica na saúde mental
Ambientes sob liderança tóxica apresentam maior incidência de:
- Burnout e esgotamento emocional
- Afastamentos por transtornos psicológicos (CID F)
- Baixo engajamento e rotatividade alta
- Presenteísmo (funcionários que comparecem, mas não produzem)
- Clima organizacional marcado por silêncio e medo
Ou seja, a liderança tóxica se tornou um fator de risco psicossocial concreto, devendo ser mapeado e combatido no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), conforme a NR-1.
Impactos no compliance da empresa
Uma empresa com lideranças tóxicas corre sérios riscos de:
- Violar a NR-1, que exige ações para prevenção de riscos psicossociais
- Receber denúncias em canais internos ou externos (como o MPT)
- Responder por assédio moral institucional
- Sofrer ações judiciais e indenizações por danos morais
- Comprometer políticas de diversidade, inclusão e ESG
Além do risco jurídico, o custo reputacional e emocional para a organização é imenso.
Como identificar lideranças tóxicas
Algumas ferramentas que ajudam nesse diagnóstico são:
- Pesquisa de clima organizacional com foco em percepção da liderança
- Escuta ativa por meio de canais de denúncia anônimos
- Indicadores de saúde mental, absenteísmo e turnover
- Avaliações de desempenho com feedbacks 360º
Como corrigir e prevenir
- Treinar líderes para desenvolver empatia, comunicação não violenta e escuta ativa
- Criar uma cultura de feedback e acolhimento
- Revisar critérios de promoção e avaliação de gestores
- Monitorar os indicadores de saúde emocional periodicamente
Como a Sandora pode ajudar
Na Sandora, apoiamos empresas na identificação e correção de comportamentos tóxicos na liderança por meio de:
- Diagnóstico organizacional com foco em riscos psicossociais
- Canais de escuta anônimos, acessíveis e auditáveis
- Treinamentos para lideranças humanizadas
- Suporte técnico e jurídico para adequação à NR-1
Conclusão
Uma liderança saudável não é apenas uma vantagem competitiva — é uma exigência legal. Com a NR-1 em vigor, identificar e neutralizar lideranças tóxicas é proteger a saúde dos colaboradores e o futuro da empresa.
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